segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Isto é - Edição 2044 - 14/01/2009

Cursos para sofrerProgramas prometem mudanças radicais no comportamento por meio de desafios físicos e psicológicos extenuantesVocê conseguiria ficar 20 horas sem dormir e sem falar? Cruzar uma mata selvagem durante a madrugada com os olhos vendados? Caminhar sobre brasas? Simular a própria morte? Pode parecer estranho, mas quem participou de programas de treinamento com experiências desse tipo garante ter adquirido autoconfiança e preparação para enfrentar qualquer dificuldade na vida. A cada mês, o programa Olho de Tigre, da Gauss Consultores Associados, reúne cerca de 50 pessoas desconhecidas num hotel-fazenda para um desafio psicológico durante um fim de semana. A técnica é submeter o indivíduo a um turbilhão de surpresas. “Muitas pessoas desistem, não aguentam a pressão. É uma explosão de sentimentos”, conta o gerente de RH Cleber Ribeiro Gonçalves, 35 anos. Ele, que raramente chorava, desabou em lágrimas enquanto olhava para a foto da mulher e dos filhos durante as dinâmicas, que obrigam os participantes a ficar em posições desconfortáveis, sem dormir e sem falar. Após o treinamento, os participantes se comprometem em manter em sigilo os detalhes do que ocorre por lá. “O fator surpresa é fundamental para garantir a eficácia do programa para os novatos. Só posso dizer que o sofrimento leva ao aprendizado e que ninguém sai de lá do jeito que entrou”, afirma Orlando Pavani Jr., criador do Olho de Tigre. Enquanto permanecem de joelhos, tentando domar o sono e em silêncio, os participantes são alvejados pelos instrutores com fases provocativas que tocam no íntimo de cada um. Para colocar o dedo na ferida, a organização utiliza questionários nos quais os participantes narram o que lhes provoca angústia, raiva, medo, dor, alegria, felicidade. Em alguns casos, simulase o enterro do participante, para que ele reflita sobre tudo que poderia ter dito aos familiares e amigos antes da sua “morte”.Técnicas de liderança que prometem alterar o comportamento do indivíduo a curto prazo se tornaram uma febre no passado para treinar os funcionários das grandes corporações a obter excelência em vendas através da mudança de paradigmas internos. Hoje, despertam o interesse de todos os que querem usar os desafios como processo de aprendizado.O Despertar da Águia, programa de imersão de quatro dias criado pela Marconi Associados, leva um grupo de 40 pessoas a uma mata virgem em Niterói (RJ). Ao chegar ao local, cada um recebe um cajado, uma corda, a farda do exército e um boné com um número. São informados de que devem estar acordados todos os dias, às 5h da manhã com toque de recolher à 1h. O grupo é dividido em equipes e cada um assume uma função, como cuidar da alimentação, da segurança, dos equipamentos, da limpeza. Na primeira noite são surpreendidos com a invasão de um bando nas barracas. Fogos de artifício ensurdecedores simulam ataques de bombas, com sirenes estridentes.Após a operação, exaustos e sem tempo para dormir, recebem uma bússola, aula de defesa pessoal e primeiros socorros. Após cruzar pântanos para apagar duas colunas de fogo, devem salvar um sequestrado. Com capas de proteção contra incêndio, graxa no rosto, máscaras contra fumaça e coletes salva-vidas, seguem sem lanternas pela mata à noite em busca do refém. “A gente aprende a trabalhar o lado emocional para vencer o cansaço físico”, diz a administradora Cláudia Araújo Costa, 32 anos. “Saber trabalhar em equipe melhora a relação familiar. A gente compreende o nosso papel dentro de casa.”Segundo Emerson Feliciano, um dos promotores do evento, o treinamento é tão real que traz à tona as emoções mais primárias dos participantes. “O objetivo é que as pessoas revejam os seus valores e saibam mais sobre si mesmas”, afirma. Em um dos cursos do Instituto Emerson Feliciano, em São Paulo, os participantes devem caminhar sobre brasas para superar limitações mentais. “É ideal para trabalhar a insegurança. A gente aprende a transcender qualquer obstáculo, mantendo o foco naquilo que queremos, não nas dificuldades”, afirma o engenheiro Ricardo Veronesi, 41 anos, que completou os nove metros do percurso sem queimar os pés.Apesar da euforia entre os participantes e dos prometidos benefícios a curto prazo, estes treinamentos não são oficialmente reconhecidos como abordagens terapêuticas. “Não há nenhuma validade científica nestes programas”, diz Gildo Angelotti, psicoterapeuta e professor da USP. “O sofrimento só é necessário para que a pessoa aprenda a lidar com dores que fazem parte da vida. O resto é puro sadismo.”

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Inicio com Responsabilidade



Resolvemos encarar mais um grande desafio. Amanhã começa a 1a Colonia de Férias do CFORM - Centro de Formação da Marconi & Associados.
Durante 07 semanas com dois dias na semana, sendo as terças e quintas com período integral. Estaremos com o coração voltado a compartilhar conhecimento com 80 adolescentes carentes da região de Monjolos. Nestas semanas ensinaremos um novo caminho com foco no propósito e a máxima que é de voltarmos os olhos para as boas oportunidades que a vida nos oferece. Teremos temas como: meio ambiente, cidadania, profissão e vocação, importancia da leitura, recreação, esporte e muito mais.

Este é apenas o incio da responsabilidade que desejamos assumir junto aquela comunidade. Monjolos na pode parar.... Compartilhe e exercite a compaixão em 2009.

Vamos em Frente!